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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Amor de pai

Havia um homem riquíssimo, que possuía muitos bens, uma grande fazenda, muito gado e vários empregados. Tinha um único filho, que, ao contrário dele, não gostava de trabalho nem de compromissos. Do que mais apreciava era de festas, estar com seus amigos e de ser bajulado por eles.
 
Seu pai sempre o advertia de que seus amigos só estavam ao seu lado enquanto tivesse o que lhes oferecer, depois o abandonariam. Os insistentes conselhos do pai ecoavam-lhe nos ouvidos e logo se ausentava sem lhe dar a mínima atenção.

Um dia o velho pai, já avançado na idade, disse aos seus empregados que construíssem um pequeno celeiro. Dentro do celeiro, ele mesmo fez uma forca e, junto dela, uma placa com os dizeres:
 
Para você nunca mais desprezar as palavras de seu pai.

Mais tarde chamou o filho, levou-o até o celeiro e disse-lhe:

— Meu filho, já estou velho e, quando partir, tomará conta de tudo o que é meu e sei qual será seu futuro. Vai deixar a fazenda nas mãos dos empregados e irá gastar todo o dinheiro com seus amigos. Vai  vender os animais e os bens para se sustentar e, quando não tiver mais dinheiro, não terá mais amigos. Nessa hora, vai-se arrepender, amargamente, de não me ter  dado ouvidos. E foi por isso, meu filho, que construí esta forca para você. Se acontecer tudo o que lhe disse, quero que me prometa uma coisa: enforcar-se-á nela.

O jovem riu, achou aquilo um absurdo, mas, para não contrariar o pai, fez-lhe a promessa, pensando que aquilo jamais aconteceria. O tempo passou, o pai morreu e o filho tomou conta de tudo, mas, assim como o pai havia previsto, o jovem gastou toda a herança, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade. Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que havia sido um tolo. Lembrou-se do pai e começou a chorar, pensando:

— Ah, meu pai, se  tivesse ouvido seus conselhos, mas agora  é tarde demais.

Pesaroso, levantou os olhos e longe avistou o pequeno celeiro. Era a única coisa que lhe restava. A passos lentos dirigiu-se até lá e, vendo a forca e a placa empoeiradas, meditou:

— Nunca segui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo, mas, pelo menos esta vez, vou fazer a vontade dele, cumprindo minha promessa, porque não me resta mais nada.

Então, subiu nos degraus, colocou a corda no pescoço e pensou:

— Ah! Se tivesse nova chance!

E pulou.  Sentiu, por um instante, a corda apertar sua garganta, mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente. O rapaz caiu no chão e sobre ele caíram jóias, esmeraldas, pérolas, diamantes. A forca estava cheia de pedras preciosas. Um bilhete dizia-lhe: 

Essa é sua nova chance. Eu o amo muito. SEU PAI!

Desconheço o autor.

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Postado por J.V. as 17:18 e tem 0 comentarios
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